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SONETO DO GATO
Um gato vivo é qualquer coisa linda
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade
De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de eletricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.
Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e ao morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto
Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto.
Florença, Novembro de 1963
(Vinicius de Morais, Livro de Sonetos)
Os deuses felinos egípcios
A mais antiga deusa felina conhecida é chamada de Mafdet e é representada nos textos das pirâmides matando uma serpente com suas garras. Mas os deuses-gatos mais famoso são Bastet e Sekhmet.
Bastet é representada frequentemente com o corpo de uma mulher e a cabeça de um gato. Os egípcios adoravam Bastet como a deusa da casa e protetora das mulheres, das crianças e dos gatos domésticos. Era também a deusa da alvorada, da música, dança, do prazer, da família, da fertilidade e do nascimento.
Sua contraparte má era a deusa Sekhmet que representava a força destrutiva. Era conhecida como a deusa da guerra e da peste. Mas foi domesticada por Ra (que começou a domesticá-la fingindo de bêbado) e se transformou em protetora poderosa dos seres humanos.
Juntas, Bastet e Sekhmet representam o contrapeso das forças da natureza.
Olá. Estamos postando fotos novas, que fazem mais jus à beleza dos gatinhos. Puxa, quem não quer um serzinho desse em casa?
O Merlin, meu gatinho adotado, quando estou tirando uma soneca, coloca a cabecinha embaixo do meu queixo pra eu fazer carinho. Se estou na cozinha fica me fazendo companhia.
A Mel gosta de fazer companhia quando o meu marido está trabalhando no computador, ou é no monitor ou no pufe ao lado que ela fica. Fez de fazer companhia pra gente o seu objetivo de vida.
Adota um também?
Mel e Merlin
Como começa esta história
Tem aquela história de que gatos escolhem o seu dono, não é? Pois foi assim. Ela veio toda dengosa se enroscando nas nossas pernas e testando a nossa vontade de ter um. Estava abandonada numa construção. Foi domingo de noite, e nem tínhamos nada pra receber um gato. Ela estava toda suja, cheia de pulgas e espirrandinho. Estava gripada, a coitadinha!
O André a levou na veterinária, que é perto de casa. Vacinou, foi (bem) atendida. Disseram que ela tinha entre 2 e 3 meses.
Eu e o André ficamos como bobos, achando tudo que ela fazia a coisa mais linda. Achei bom assim. Até arrumar coisas que estou pedindo há séculos ele arrumou essa semana.
Aí eu contei pra conhecedora de gatos, que me contou a estória triste desta pessoa que tinha 13 gatos e morreu. A família não veio nem pro velório, mas assim que tomou posse dos bens, expulsou os gatos. Tinha 2 gatas prenhas, o que transformou os 13 gatos em 23. Ficamos com dó e adotamos o Merlin, que é preto e tem a pontinha do rabo branca, como que pra assinalar o lugar onde Deus segurou pra pintar ele de preto.
Daí pra engajar na campanha, foi um pulo. Então assim começamos o nosso “adote um gatinho“.